Thursday, January 03, 2013
CASOS DE CONSULTÓRIO - CONHECEREI ALGUÉM NA FESTA?
Intuição e conhecimento simbólico são a combinação perfeita para uma leitura precisa.
Há uns anos atrás abri o jogo para um amigo próximo que veio até mim por ter tido um “feeling” de que conheceria alguém numa festa de rua que aconteceria numa praça perto de minha casa.
Ele pediu que visse no baralho cigano se haveria chances de encontrar uma pessoa para ele lá, pois não era um ambiente exclusivamente gay.
Sentamos em minha cama e pedi que tirasse três cartas. Ao fim obtivemos a sequência:
Carta 2, o Trevo – Carta 28, o Cavalheiro – Carta 26, o Livro.
O trevo, a carta da sorte e das pequenas e simples ações de hoje que podem gerar grandes benefícios futuros, exige um pequeno movimento para que isso se ative. Encontrá-lo pede procurar em meio aos seus muitos irmãos trifólios. Confirmava-se, com isso uma boa oportunidade surgindo com uma aparência simples e nada glamorosa, porém feliz. No entanto, era preciso iniciativa e movimento por parte do meu amigo como um pequeno gesto e uma aproximação.
A segunda carta, o cavalheiro, representa o consulente, no caso de um homem e quando aparece num jogo é o indicativo de poder de ação da pessoa sobre a questão e exige ele aja para que tenha realização sem esperar por milagres ou pelos outros. Tudo vem através de suas próprias mãos. Mais um reforço para os trevos na primeira posição que dizem que não se deve esperar nada cair do céu.
O trevo e o homem. A sorte em seu caminho.
Até agora, as duas cartas indicam realização e que o consulente é o único responsável por ela, mas e o livro?
Segredos? Estudos profundos? Silêncio? Nada fazia sentido até que lembrando os significados da carta que representa o que está velado e oculto, completei a leitura dizendo que meu amigo procurasse um lugar de penumbra, onde houvesse pouca iluminação, pois seria lá que encontraria o que buscava. Ora, se o livro é segredo, introspecção e mistério e ele iria para uma festa de rua, essa seria a melhor forma de contextualizar a carta na questão.
No dia seguinte ele me disse ter encontrado alguém exatamente como as cartas tinha descrito. Depois de passear um pouco pela festa, o meu amigo percebeu que havia uma parte onde amendoeiras estavam bloqueando parcialmente a luz dos postes fazendo muita sombra, então ali mesmo ele ficou. Menos de 15 minutos depois passou por ele um rapaz jovem, bonito e atraente, segundo ele, vestido de forma simples em uma bicicleta. Trocaram olhares, porém ele se foi. Pouco tempo depois o rapaz passou de novo e olhou para ele que, instintivamente, acenou com a mão e chamou-o para conversar. O final da história a gente já sabe. As cartas confirmaram que seus pressentimentos estavam corretos.
A prática exige que estejamos à vontade com o oráculo e familiarizados com seus símbolos de forma que fluam dentro de nós numa leitura e nos orientem para onde temos de olhar e o que ver. Muitas vezes, uma interpretação simples vale mais do que cansativas elucubrações.
Quatro elementos são essências para uma boa leitura:
Conhecimento, intuição, criatividade e imaginação.
Entender o símbolo em suas múltiplas possibilidades, interioriza-lo e deixar essas informações fluírem. A seguir colocar as imagens em ação e recriar momentaneamente a realidade observada. Um trabalho difícil inicialmente, porém indescritivelmente prazeroso e preciso com o tempo.
Dialogar com o oráculo é fluir com a vida.
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